O livro Working Backwards (Colin Bryar and Bill Carr) é uma excelente fonte de aprendizado para quem quer entender os bastidores da Amazon e se aprofundar no tema dos OKRs.
Um dos capítulos descreve como a Amazon lida com suas métricas e como elas orientam os esforços que impulsionam os seus resultados.
Inicialmente, eles diferenciam output metrics de input metrics:
➡ Output: Resultado o qual temos capacidade baixa ou limitada de controlar.
(Ex. Vendas, Receita, Ebitda, Share Price).
➡ Input: Iniciativas as quais temos controle direto e que potencialmente irão impactar os outputs (resultados).
(Ex. Fast Track In Stock)
O foco de gestão da Amazon se dá primordialmente nas input metrics.
Entretanto, definir boas input metrics não é uma tarefa fácil.
Exige primeiro clareza da estratégia do negócio, a qual a Amazon comunica de forma simples e direcional através da sua flywheel.
Posteriormente, é preciso dar foco nos pontos da flywheel que precisam de maior atenção e iniciar um processo iterativo de tentativa e erro, de validação de hipóteses e de aprendizado até que se descubra a input metric ótima a ser perseguida. Aquela que irá impulsionar diretamente o resultado esperado (output).
Trazendo esse contexto para o tema dos OKRs, é muito comum as empresas definirem KRs 100% baseados em output metrics do tipo (receita, ebitda, vendas, usuários ativos). Esses KRs podem funcionar como KRs estratégicos ou até star metrics, mas quando descemos para o nível tático e operacional é imprescindível a construção de KRs baseados em input metrics, pois são eles que irão impulsionar os KRs estratégicos.
Essa evolução e uso correto das métricas exige uma cultura forte de dados dentro da empresa. Sempre digo que a maturidade na adoção da metodologia OKR é diretamente proporcional a maturidade no uso de dados.
💡 É conhecendo e dominando as métricas que a empresa atingirá os seus resultados.